
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), alerta sobre os riscos e consequências do hábito de fumar, e sensibiliza a população sobre a importância da cessação e do tratamento do tabagismo.
No Tocantins, a SES/TO é a responsável pela implementação e articulação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que oferta tratamento para a cessação do tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS), disponibilizando acompanhamento ambulatorial com consultas individuais, sessões de grupo e apoio medicamentoso, além de capacitações para profissionais e apoio a municípios.
Segundo dados do PNCT, o Estado possui 141 unidades de tratamento ao fumante, distribuídas em 69 municípios, que ofertam o tratamento aos tabagistas com abordagem cognitiva comportamental e apoio medicamentoso. O objetivo é que o indivíduo desenvolva a capacidade de gerenciar seu comportamento, saia do ciclo vicioso e pare de fumar.
O pecuarista Renato Gondim Domingos, de 58 anos, fumou durante 35 anos e abandonou o vício após complicações de saúde. “Em 2015, fiz exames que constataram o entupimento de uma veia. Passei por uma cirurgia e o médico pediu que eu diminuísse o cigarro. Inicialmente, eu falei que não tinha como, mas depois eu decidi abandonar o vício. Eu fumava quatro carteiras de cigarro por dia e, depois que parei, comecei a sentir os benefícios na qualidade de vida. Já faz dez anos que não fumo, nunca tive uma recaída, nunca voltei e nem quero voltar”, destaca.
O pneumologista Frederico Castro Costa Póvoa explica que o cigarro afeta o corpo como um todo, causando doenças no coração, pele, pulmão e artérias. “A cessação do tabagismo traz inúmeros benefícios, como a melhora do batimento cardíaco e da pressão, reduz a chance de infarto e derrame, e de desenvolver enfisema e cânceres”, ressalta.
A pedagoga Thici Luchiari, de 33 anos, também é ex-fumante e abandonou o vício depois de 12 anos com o hábito. “Hoje tenho mais qualidade de vida, minha respiração está melhor, o que facilita até durante as minhas caminhadas”, enfatiza.
Combate ao tabagismo
Em 2024, 682 pacientes receberam o tratamento para a cessação do uso do tabaco, sendo 384 homens e 298 mulheres. Já em 2025, no período de janeiro a abril, 141 pacientes foram atendidos, destes, 68 homens e 73 mulheres.
Os locais de assistência aos fumantes são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Centros de Especialidades Médicas que estiverem cadastrados. O cadastramento de novas unidades de saúde no PNCT é realizado após a qualificação dos profissionais de saúde municipais. Depois do cadastramento, são oferecidos apoio técnico e realizado o monitoramento dos serviços.
"Para receber o acompanhamento especializado, a população deve procurar uma unidade de saúde de referência e verificar se ela oferta o programa. Caso não tenha, os profissionais indicarão a unidade mais próxima de sua residência. É realizada uma avaliação individual pelos profissionais capacitados e, logo após, o paciente será direcionado para participar do grupo de acompanhamento e receber o atendimento adequado. O tratamento pode ser individual ou em grupo, dependendo do perfil do paciente e da disponibilidade dos serviços de saúde”, explica a coordenadora estadual do PNCT, Lenna Almeida.
Cigarro eletrônico
Com a comercialização proibida no Brasil desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o cigarro eletrônico se tornou comum entre os jovens e um grande perigo para a saúde.
“O cigarro eletrônico possui concentrações de nicotina maiores que o cigarro comum e é modificado quimicamente para que vicie mais rápido. Com isso, as pessoas tendem a fumar mais e em maiores quantidades. Mas eles não têm apenas a nicotina, têm diversos componentes que, quando aquecidos, podem predispor ao desenvolvimento de cânceres. Logo, como as pessoas fumam mais, estão em maior risco. No entanto, o surgimento do câncer não é rápido, leva anos e anos. O cigarro eletrônico, infelizmente, caiu no gosto dos mais jovens, que acreditam que não faz mal. Ele é um lobo em pele de cordeiro, fazendo tanto mal quanto o cigarro comum”, salientou o pneumologista Frederico Castro Costa Póvoa.
Dados nacionais
Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que houve um crescimento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, sendo esta, desde 2007, a primeira vez que o Brasil registra um aumento tão significativo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o tabagismo como uma doença, a qual é caracterizada pela dependência da nicotina. Apesar de ser muito associado ao cigarro comum, essa substância química está presente em todos os outros derivados do tabaco, como o charuto, o cachimbo e o narguilé.
O impacto total do tabagismo no SUS é de R$ 153 bilhões por ano, sendo que apenas 5% desse valor é arrecadado em impostos com a venda de cigarros.
No Brasil, mais de 174 mil pessoas morrem a cada ano por doenças causadas pelo tabaco, sendo 55 mil por câncer. Já no mundo, são milhões de mortes anuais, segundo a OMS.
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